No Brasil, os métodos semi-empíricos para prever a resistência geotécnica à compressão de uma estaca, são amplamente utilizados nos projetos geotécnicos, por utilizarem correlações com os resultados obtidos em ensaios de campo, como por exemplo, SPT e CPT. Dentre eles, os métodos propostos por AokiVelloso (1975), Décourt-Quaresma (1978) e Antunes e Cabral (1996) são os mais aplicados, devido a eficácia em diversas regiões, comprovada a partir de análises comparativas com resultados de provas de carga estáticas. Este artigo visa comparar a capacidade de carga geotécnica ao esforço de compressão de estacas tipo Hélice Contínua Monitorada (diâmetros de 0,5m, 0,6m, 0,8m e 1,0m), dimensionadas a partir dos métodos supracitados com uso de 26 sondagens SPT, com resultados de 27 provas de carga estáticas a compressão executadas na região de Canaã dos Carajás-PA. As provas de carga estática foram executadas conforme as recomendações da norma técnica brasileira ABNT NBR 16903 (2020), e em nenhuma delas ocorreu a ruptura convencial da estaca, o que inviabilizou a aplicação de métodos de extrapolação para obtenção da carga de ruptura das estacas. Observou-se que os métodos de Aoki-Velloso (1975) e Antunes e Cabral (1996) apresentaram resultados muito conservadores. O método de Décourt Quaresma (1978) apresentou as maiores capacidades de carga, logo, foi o que mais se aproximou das cargas de ruptura. Todas as provas de carga estáticas analisadas foram executadas durante a fase de execução da obra, e, comprovou-se que caso fossem executadas durante a fase de elaboração do projeto das fundações, teriam gerado economia para a obra.