As estacas helicoidais no Brasil vêm sendo amplamente utilizadas como fundações de torres de linhas de transmissão de energia para resistir a carregamentos de tração. O procedimento mais utilizado para estimar a capacidade de carga dessas estacas é a correlação empírica com o torque final de instalação. Entretanto, as correlações de torque disponíveis na literatura normalmente dependem da instalação e sua aplicação não permite que a resistência seja estimada com precisão única e exclusivamente na fase de projeto. Adicionalmente, métodos para estimar a capacidade de carga dessas estacas com base em ensaios in situ, como o SPT e o CPT, são raros. Nesse contexto, o presente trabalho visa avaliar o desempenho preditivo de dois métodos de projeto baseados no SPT: Kanai (2007) e Perko (2009). Tais métodos foram aplicados a um banco de dados de provas de carga estática à tração realizadas em estacas helicoidais instaladas em 11 locais diferentes no Brasil. As estatísticas dos valores da razão entre capacidade de carga medida e calculada como média, coeficiente de variação e distribuições de probabilidade foram determinadas e, de modo geral, os métodos baseados nos resultados do ensaio SPT avaliados apresentaram um desempenho insatisfatório nas previsões das capacidades de carga das fundações analisadas.