O uso crescente de estacas do tipo raiz como solução de fundação no Brasil tem gerado a necessidade de avaliar a eficiência das metodologias de dimensionamento utilizadas para a análise do estado limite último dessas fundações. Nesse contexto, o presente estudo busca realizar uma análise estatística dos resultados obtidos pelos principais métodos semiempíricos de previsão de capacidade de carga em estacas raiz com diferentes diâmetros, a partir de resultados de prova de carga obtidos em obras na cidade de Fortaleza. O artigo compara os métodos de dimensionamento propostos por Lizzi (1982), Salioni (1985), Cabral (1986), Brasfond (1991), Aoki e Velloso (1975) e Décourt e Quaresma (1978) com os resultados de oito provas de carga estática realizadas em estacas do tipo raiz com diâmetros entre 0,20 e 0,41 m e comprimentos entre 8 e 16 m. Com base na proposta de Orr e Cherubini (2003), que sugere o uso do índice estatístico RD (Ranking Distance), foi possível avaliar a eficácia das metodologias semiempíricas de capacidade de carga. Os métodos de Brasfond (1991), Cabral (1986) e Aoki e Velloso (1975) apresentaram maior concordância.