Nos cenários de urbanização intensa e otimização de espaço nas grandes cidades, as estruturas para contenção de solos se tornaram fundamentais. Dentre os variados tipos, destaca-se a parede diafragma. A execução desse tipo de estrutura demanda o uso de fluidos estabilizantes para escavar os painéis, sendo a lama bentonítica um dos mais versáteis. Composta por água e argila bentonita (pertencente à família das montmorilonitas) extraída de depósitos naturais, essa lama exibe propriedades tixotrópicas, conferindo-lhe características impermeabilizantes. Contudo, para realizar o descarte desse fluido após a sua utilização em obras, desenvolveu-se o processo de Floculação. Esse procedimento consiste na separação da argila e água, permitindo o retorno da argila para a natureza através do descarte em aterros de classe II-B, enquanto a água resultante requer tratamento antes de ser descartada em rede de águas pluviais, seguindo a resolução 430/2011 do CONAMA. Desse modo, este artigo apresenta um estudo de caso de uma obra com certificação LEED, localizada em São Paulo/SP, na qual a parede diafragma foi empregada como sistema de contenção. A eficácia do tratamento da água utilizada foi desenvolvida, aplicada e testada através de ensaios laboratoriais, comprovando sua eficiência em questão.