Este artigo tem como objetivo apresentar dois casos de obra onde se fez o monitoramento das vibrações causadas pela cravação das estacas através de um sismógrafo. No Caso de Obra 1, localizado no centro de São Paulo, SP (Murakami e Cabette, 2022), serão apresentadas comparações de vibrações causadas por cravação de estacas de duas seções diferentes (23x23 cm e 30x30 cm), medidas à uma distância de 15m. O sismógrafo indicou para a seção 23x23 cm os seguintes valores de PPV (L, T, V) em mm/s: (2,41; 2,41; 2,67). Já para a seção transversal de 30x30 cm, foram verificadas os seguintes valores de PPV: (1,78; 2,67; 3,11). Notam-se que apenas na componente L ocorreu uma redução de 26,1%, enquanto que nas componentes T e V se observou um aumento de 10,8% e 16,5%. No Caso de Obra 2, localizado em São Bernardo do Campo, SP, serão apresentadas comparações de vibrações causadas por cravação de estacas de mesma seção (17x17cm), porém instrumentadas em distâncias diferentes (7 m, 11 m e 18 m). A estaca PC42 (7 m de distância) apresentou os valores de PPV: (3,24; 1,14; 3,37). Já a estaca PC50 (11 m de distância) apresentou os valores de PPV: (5,40; 2,54; 2,67). Por último, a estaca PC34 (18 m de distância) indicou PPV de: (7,56; ; 4,51; 2,73). Notam-se que a componente L apresentaram valores próximos. Já as componentes T e V aumentaram em função da distância de instrumentação, o que poderia ser explicado pelo aumento da resistência do solo.