Murakami et al. (2022) introduziram o conceito das três curvas possíveis obtidas durante a prova de carga estática (PCE) em estacas: célula de carga (LC), manômetro (MA) e teórica (TH). Essas curvas são identificadas realizando leituras simultâneas da carga aplicada com manômetro e célula de carga na mesma PCE. A curva MA geralmente apresenta carga maior devido ao atrito do macaco hidráulico, deslocando-se para a direita em relação à curva LC. Por outro lado, a TH é obtida subtraindo-se o atrito do macaco hidráulico da curva LC, deslocando-se para a esquerda em relação à curva LC. Em um estudo em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, RJ, foram realizadas 7 PCEs utilizando manômetro e célula de carga simultaneamente. Cada PCE resultou em uma curva diferente de carga da LC versus pressão do manômetro. Em cada curva foi realizada regressão polinimial de grau 3 com R2 maior que 0,99. Simulou-se a curva de uma das PCEs (SLT3), aplicando sua pressão do manômetro nas equações polinomiais das outras 6 PCEs. Os resultados mostraram que as curvas obtidas ficaram entre as curvas MA e TH, destacando a importância da LC na leitura da carga aplicada, pois o uso exclusivo do manômetro pode gerar incertezas sobre às cargas aplicadas e ao formato real da curva carga versus recalque.