O uso crescente de geotêxteis em projetos de proteção costeira faz emergir a preocupação com sua durabilidade, especialmente devido à exposição direta a agentes de degradação. Apesar de estudos atuais tratarem dessa temática, impasses são observados quanto aos reduzidos testes de exposição em campo e variadas metodologias de ensaios que divergem quanto aos procedimentos adotados. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho concerne em analisar a degradação de geotêxteis tecidos de polipropileno através de testes de exposição em campo na zona costeira de Natal/RN. Utilizando diretrizes das normas ASTM D5970 e ASTM D1435, os geotêxteis foram expostos em cinco condições diferentes, incluindo mesas de compensado naval e areia. Ensaios de tração foram realizados após exposições de 42, 84 e 176 dias, enquanto dados ambientais foram coletados do Instituto Nacional de Meteorologia e medições pontuais de temperatura e radiação UV
foram feitas no local. Os resultados mostraram degradação em todos os períodos analisados, com maior impacto nas amostras expostas em areia. Após 176 dias, houve uma degradação média de 11 kN/m em relação às amostras originais. Esses achados são essenciais para o adequado dimensionamento de projetos de proteção costeira, uma vez que traz luz aos aspectos de durabilidade de geotêxteis de polipropileno.