O crescimento populacional e a urbanização acelerada resultaram em um aumento significativo na geração de resíduos sólidos urbanos (RSU), sendo a construção civil responsável por cerca de 50% desse total. A ineficiência na destinação desses resíduos acarreta custos elevados de remoção e disposição inadequada, prejudicando o meio ambiente, a saúde pública e a sustentabilidade econômica local. Uma análise da situação atual da geração e disposição de Resíduos da Construção Civil (RCC) em Juiz de Fora - MG revelou que apenas 12,44% dos RCC gerados são encaminhados aos aterros, principalmente devido à falta de implementação efetiva dos planos de gestão e gerenciamento de RCC. Isso evidencia a urgência de políticas práticas de redução, reutilização e reciclagem, além do controle efetivo do poder público sobre as 400 empresas de engenharia civil envolvidas na gestão municipal de resíduos. O contínuo aumento na geração de RCC ameaça a vida útil dos atuais aterros de inertes, que já é de 20 anos e em um cenário onde 100% dos RCC chegam aos aterros, a vida útil seria reduzida para menos de 2 anos e meio. A falta de regulamentação resulta em descartes irregulares próximos a novos condomínios e bairros, enquanto ecopontos precários e a escassez de unidades prejudicam a disposição, segregação e coleta de RCC na cidade. Conscientização e engajamento de todas as partes interessadas são fundamentais para a melhoria da situação diagnosticada no município de Juiz de Fora - MG.