No Brasil, a energia geotérmica está em estágio inicial de desenvolvimento. Um dos principais desafios dessa tecnologia é dimensioná-la de forma eficiente, o que pode variar entre trocadores horizontais e verticais. Isso ocorre porque, quando os trocadores estão posicionados em profundidades mais rasas, são mais suscetíveis aos efeitos da variação sazonal da temperatura ambiente, radiação solar de longa e curta distância, precipitação, evapotranspiração e sombreamento causado por edifícios vizinhos. Dentre este contexto, o presente estudo objetiva dimensionar um sistema geotérmico horizontal para climatizar uma sala de 25m2 durante 40 horas semanais localizada em Maringá (PR), onde há predominância de solo residual basáltico. Para isso foram realizados ensaios de densidade natural pelo método de cravação, análise granulométrica, limite de liquidez e plasticidade e massa específica real dos grãos. De acordo com o resultado da dos ensaios de caracterização das amostras, o solo é classificado como argila siltosa de acordo com a classificação Shepard, apresentando em todas as amostras uma percentagem de argila maior que 50%, a massa específica manteve em ordem de 2,8 g/cm3. Com os resultados da caracterização geotécnica, foi dimensionado trocadores horizontais de modo a suprir a necessidade de climatizar a sala-teste, o método de dimensionamento empregado foi o Kim et al. (2018) específico para trocadores horizontais. Deste modo, como resultado, os trocadores precisavam ter 306 metros de comprimento de tubo para suprir a climatização da sala-teste, com isso foi determinado que seria necessário escavar três valas, no qual cada uma abrangeria 108 metros de tubo.