A estabilização de solos in situ é antecedida por uma investigação de laboratório para avaliar a dosagem e tipo de ligante que mais se adequam ao solo em questão. Além disso, ligantes pozolânicos apresentam uma taxa de reações mais lenta, que podem inviabilizar esta etapa laboratorial. Uma proposta para avaliação de resistências futuras e aumento da viabilidade do estudo laboratorial é o uso de cura térmica. Solos argilosos orgânicos apresentam dificuldade de estabilização pela interação da matéria orgânica com o ligante adicionado. A estabilização em massa utiliza um aterro de sobrecarga provisório para melhoria da consolidação e cimentação da camada estabilizada, enquanto que a estabilização em colunas, normalmente, não aplica. O trabalho proposto objetiva investigar o uso de um ligante ternário composto por cal de carbureto, escória de alto forno e cimento Portland na estabilização em laboratório pelos métodos em massa e em colunas, com cura térmica, verificando a influência da adição da sobrecarga. Os resultados apontaram que o solo argiloso orgânico estabilizado pelo ligante alternativo proposto apresentou sempre resistências à compressão não confinada maiores que exclusivamente com o cimento Portland, indicando um potencial uso do mesmo. Ademais, o uso da sobrecarga também potencializaram os resultados da cimentação do material.