Entre o oceano Atlântico e a Lagoa Mundaú em Maceió/AL, Brasil, está localizada uma planta química industrial onde ocorreu um vazamento de dicloroetano em um de seus tanques. O desafio consistiu em projetar e executar uma estrutura enterrada no entorno de três tanques de modo a isolá-los com medidas corretivas e preventivas para a preservação do meio ambiente. A solução sugerida foi a execução de uma parede diafragma plástica, sem função estrutural, utilizando “coulis”, uma mistura de bentonita, cimento e água com um coeficiente de permeabilidade da ordem de 10-7 cm/s. Esta técnica reduziu, para níveis aceitáveis pelos órgãos controladores, a percolação dos fluídos contaminantes no solo no sentido da Lagoa Mundaú, servindo de barreira para o caso de novos vazamentos nesta área. A sondagem indicava solo predominantemente arenoso com camada de areia muito dura a partir de 10 m, local onde foi inserida a ponta da parede diafragma, garantindo a interrupção do fluxo do contaminante. Em apenas 6 meses, foram executados 6.500 m² de parede de diafragma plástica com profundidade entre 13 e 15 m, distribuídos num trecho de 490 m em forma de " U" ao redor dos tanques, destacando esse projeto de grande magnitude e importância ambiental.