A demanda por minério de ferro, que é a matéria prima do aço, é cada vez maior. Com isso, é preciso entender as dificuldades envolvidas na logística de transporte e estocagem do material. Entre a fase de transporte até a sua comercialização, tem-se a necessidade da realização de estoques seja para melhor homogeneização do material, ou para aguardar o embarque do material no navio com o teor de umidade adequado. Este estudo focará na estocagem, etapa que antecede o embarque no navio cargueiro e é precedida pelo transporte em vagões ferroviários. Na etapa de estocagem, que não dura, em geral, mais que 5 dias, é comum ocorrerem deslizamentos, tendo em vista que o material é empilhado em seu ângulo de repouso. As condicionantes do local de estocagem limitam a altura máxima recomendada para o empilhamento, por questões de segurança, para que não venham atingir as vias de acesso adjacentes ou infraestruturas existentes, com trânsito de pessoas e veículos. O presente trabalho exemplifica uma pilha de produto em sínter feed com altura fixada em 10,60m e terreno de fundação com vala preenchida com areia grossa. Através de software de equilíbrio limite é determinada a cunha de ruptura com área mais expressiva e coerente com o modo de falha. O alcance do deslizamento na pilha de produto é determinado através da iteração do valor obtido da área da superfície de ruptura com o formato do deslizamento da pilha, que de forma empírica é estabelecido que possui ângulo de inclinação, pós ruptura, de aproximadamente 15 graus, obtido através de observações e levantamentos de rupturas pretéritas. Com isso, os resultados de alcance do deslizamento variaram de 4,5m a 6,5m e estabelecida uma distância segura para a infraestrutura existente. Tais resultados vem sendo praticados e tem se mostrado eficientes quanto a segurança operacional.