O artigo em questão discute a avaliação dos tempos de resposta de piezômetros Casagrande, instalados em uma barragem de rejeitos localizada em Itabira, Minas Gerais. A avaliação desses tempos de resposta é essencial para um monitoramento geotécnico efetivo, fornecendo percepções significativas sobre as condições hidráulicas do local. O estudo se concentra na obtenção desses tempos de resposta por meio da realização de ensaios de permeabilidade in situ, especificamente infiltração e rebaixamento conduzidos nos piezômetros Casagrande. No Brasil, esses ensaios são comumente referidos como ‘testes de vida’. A metodologia adotada envolve a aplicação de ensaios de permeabilidade in situ específicos para determinar os tempos de resposta dos piezômetros Casagrande. Esses ensaios in situ permitem a obtenção de dados sobre a permeabilidade do solo, de acordo com a formulação de Horzlev (1951) baseada na Lei de Darcy e, consequentemente, nos tempos de resposta dos piezômetros Casagrande com a equação de Penman (1960). Isso proporciona a avaliação da confiabilidade dos tempos de resposta obtidos por meio dos testes em campo. Um aspecto notável do estudo é a relevância dessas informações para o dimensionamento das taxas de coleta de dados, especialmente em contextos onde os piezômetros Casagrande são automatizados através de sensores. A avaliação dos tempos de resposta obtidos oferece percepções valiosas para otimizar a coleta de dados automatizada. Isso é importante para garantir a eficiência do monitoramento geotécnico, pois permite ajustar as frequências de coleta de dados de acordo com as características específicas da barragem de rejeitos em análise.