A mineração é essencial para a economia global, destacando-se no Brasil pela produção de metais, com o cobre sendo um dos mais relevantes. No entanto, o processo de beneficiamento gera rejeitos de mineração que exigem gestão especial devido à possibilidade de presença de substâncias nocivas, tornando crucial conhecer e caracterizar esses resíduos para garantir a segurança do meio ambiente e das estruturas de disposição. Esta pesquisa aborda a caracterização física, química e microestrutural de dois rejeitos de mineração de cobre, RMC A e RMC B, provenientes de depósitos do tipo IOCG no Pará, Brasil. Ambos os materiais mostram comportamento não-plástico e massa específica real dos grãos semelhantes, sendo RMC A classificado como silto arenoso e RMC B como silte de baixa compressibilidade. A composição mineralógica revela predominância de minerais silicatados, com RMC B apresentando clorito, indicativo de influência de processos hidrotermais. Resultados químicos corroboram com os mineralógicos, enquanto análises microscópicas evidenciam grãos com diferentes diâmetros e formas angulares, sugerindo intemperismo pouco intenso. Conclui-se que a caracterização é crucial para o desenvolvimento de estratégias de gestão visando minimizar impactos ambientais e garantir a sustentabilidade das operações de mineração de cobre.