A caracterização geotécnica dos rejeitos é extremamente importante para indicar o tipo de rejeito que será disposto nas pilhas de rejeito filtrado (PDR), podendo ser separados em 3 tipos: (1) rejeito total; (2) rejeito parcial e (3) rejeito arenoso. Para cada tipo de rejeito as curvas de compactação e as permeabilidades são bem diferentes, sendo possível verificar diferenças significativas nas densidades seca máxima e a umidades ótima de compactação para cada tipo de rejeito. Durante o controle de compactação na praça de trabalho, é importante saber qual rejeito será recebido para direcionar a faixa alvo de compactação, bem como o índice de vazios máximo aceitável da PDR. Este estudo analisa os resultados de ensaios de dois métodos de determinação de curva granulométrica: (1) Peneiramento e sedimentação conforme a NBR 7181 e (2) Granulômetro a laser, buscando avaliar a melhor metodologia para liberação rápida dos resultados, destacando as limitações de cada método. Uma das grandes limitações do método de sedimentação é com relação a consideração de que as partículas são esféricas e que a densidade real dos grãos é homogênea pela Lei de Stokes, situações que diferem do rejeito gerado pelo beneficiamento do minério de ferro. Primeiro porque são grãos angulares por conta da quebra de partículas durante o beneficiamento e segundo, por conta da variação do ferro (chegando a 15% de variação) a densidade real dos grãos é maior que em solos natural, influenciando no resultado das velocidades na sedimentação. Os resultados preliminares mostram que os resultados entre os dois métodos diferem principalmente na sedimentação, mostrando que o teor de ferro da amostra difere nas analises, já que na sedimentação o diâmetro equivalente é calculado pela velocidade de queda e no granulômetro a laser o diâmetro é o real verificado pelo laser. Com isso, foi proposto uma correlação entre os 2 métodos análisados para que seja possivel ultilizar as 2 metodologias como liberação de material para a praça de compactação.