De acordo a Agência Nacional de Mineração – ANM, em maio de 2023, no estado de Minas Gerais, havia 41 barragens alteadas pelo método a montante. Após o rompimento de uma barragem de rejeitos ocorrido no ano de 2019, em Brumadinho, a eliminação de barramentos alteados a montante se tornou uma exigência legal. Dessa forma, destaca-se a necessidade de investigar um método de disposição sustentável e seguro para os rejeitos extraídos dessas obras. O reprocessamento desses rejeitos tem se mostrado como uma alternativa interessante ao reaproveitamento desse subproduto, sobretudo no que tange às esferas econômicas e ambientais do setor minerário. Logo, como alternativa ao desmonte desses barramentos, até que a etapa de beneficiamento de minérios se inicie na usina, este artigo tem como objetivo apresentar o empilhamento drenado para o manejo temporário dos rejeitos extraídos de uma barragem em descomissionamento. Por meio de campanhas de investigação, ensaios de laboratório triaxiais e de ensaios CPTu foram obtidos parâmetros geotécnicos e razões de resistência não drenada de pico desses materiais. As análises de estabilidade foram realizadas em condições de operação normal e sob influência pseudo estática. Verifica-se que os fatores de segurança requeridos pela NBR 13.028/2017 são atingidos, uma vez que atenderam de forma satisfatória aos valores mínimos preconizados por norma.