Desde a década de 1980, tem-se buscado definir valores-limite de instrumentação em barragens (ICOLD, 1989). Atualmente, essa busca tem se intensificado para barragens de mineração devido às exigências legais, tanto no âmbito estadual (FEAM, 2020) quanto no nacional (ANM, 2022). A popularização do tema tem trazido diversas metodologias para a definição desses valores-limite, permitindo a prevenção de eventuais modos de falha. Apesar da importância dos medidores de vazão para o acompanhamento dos sistemas de drenagem interna das barragens, observa-se uma escassez de pesquisas sobre a definição de níveis de controle para esses instrumentos. Neste trabalho, abordou-se a metodologia de estatística de Kuperman et al. (2003) para a determinação de níveis de controle para medidores de vazão em barragens de mineração. Foi apresentado um estudo de caso com cinco medidores de vazão em uma barragem de rejeito, evidenciando a análise e o tratamento dos dados da série histórica dos instrumentos para a definição de níveis de leituras consideradas normais ou anormais. Essa metodologia apresentou diversas vantagens, entre elas o aproveitamento das bases de leituras automatizadas para a realização de estudos estatísticos, além da facilidade de uso em comparação com métodos determinísticos.