O empilhamento de rejeitos filtrados é uma prática inerente à gestão de rejeitos de mineração, adotada devido às restrições legais na construção de barragens. Essa técnica ainda é pouco conhecida e envolve diversos estudos sobre projeto, construção, operação e fechamento, focando em aspectos como granulometria, controle tecnológico e resistência do material. Um aterro experimental em Minas Gerais, utilizando 14 ensaios de piezocone (CPTu) com duas diretrizes operacionais diferentes, permitiu avaliar a susceptibilidade à liquefação do rejeito e a eficiência operacional do aterro. Os resultados indicaram que compactação e teor de umidade são fatores críticos para a avaliação da resistência e estabilidade do material empilhado. A primeira diretriz operacional, usando trator de esteira para compactar camadas de 80 cm com graus de compactação de 95% a 104%, mostrou não uniformidade na resistência e consequente influência na avaliação de susceptibilidade à liquefação. A segunda diretriz, utilizando rolo compactador em camadas de 60 cm e graus de compactação de 98% a 104%, apresentou resultados mais consistentes. A avaliação quanto à susceptibilidade à liquefação do material foi realizada segundo a metodologia de Robertson (2016).