A resistência a cisalhamento do solo define-se como a tensão cisalhante que ocorre em uma superfície de cisalhamento contínua na massa de solo. Os parâmetros de resistência do solo podem ser obtidos de maneira direta em laboratório por meio de ensaio de cisalhamento direto ou triaxial. Ensaios de campo, como o SPT, podem ser utilizados para estimativa dos parâmetros, utilizando diferentes correlações propostas em literatura. Este trabalho objetiva avaliar a aplicação entre métodos de estimativa dos parâmetros por meio do SPT (5 autores) e ensaio de laboratório (cisalhamento direto), os dados apresentados são de uma campanha de investigação geotenica para instalação de um parque fotovoltaico, na região nordeste do Brasil. Avaliam-se 25 pontos de ensaios com sondagem SPT na profundidade de 1,0 m e resultados de cisalhamento direto na mesma cota. A análise dos valores confirma as distribuições e valores de Cov condizentes com a literatura e as médias das correlações e cisalhamento direto apresentam variabilidade principalmente para baixos valores de SPT. Assim, conclui-se que, para o solo da região avaliada a 1,0 m de profundidade, é possível utilizar a correlação com certo grau de assertividade e cuidados, valendo-se sempre da avaliação do profissional e análise de confiabilidade dos dados.