A avaliação da resistência não drenada residual de rejeitos susceptíveis a liquefação é etapa fundamental para a avaliação da segurança da estrutura. Na maior parte dos casos práticos a avaliação é feita utilizando-se somente dados de ensaios de campo, a partir de metodologias como a de Sadrekarimi (2014) ou Olson (2001). No entanto, de acordo com a mecânica dos solos no estado crítico, a razão de resistência não drenada residual depende do estado de tensões e dos parâmetros M??, ?? e ?. Dos parâmetros indicados anteriormente, M?? e ?? são definidos a partir de ensaios de laboratório e o estado de tensões e ? são estimados a partir de ensaios de campo. No presente estudo, realizou-se a comparação entre a razão de resistência não drenada residual para um rejeito de minério de ferro, estimada integralmente a partir de ensaios CPTu, utilizando os método de Sadrekarimi (2014), Olson (2001) e Robertson (2022) e a estimativa feita a partir de resultados de ensaios de laboratório para a definição de M?? e ?? e de campo para a estimativa de ?. Os resultados obtidos indicaram valores de resistência superiores quando definidos utilizando os resultados de ensaios de laboratório e campo, em comparação com os obtidos exclusivamente a partir de dados de ensaios de campo.