O coeficiente de adensamento pode ser calculado utilizando parâmetros encontrados em ensaios do tipo piezocone o CPTu, atráves da medição e acompanhamento da dissipação do excesso de poropressões causados pela cravação e, também, e mais usualmente, com o ensaio oedométrico no laboratório. No ensaio de laboratório, podem ocorrer dificuldades na preparação das amostras, devido ao amolgamento, sem mencionar a sua longa duração. O presente artigo comparou os resultados de ensaios de campo do tipo piezocone ou CPTu e ensaios convencionais de adensamento unidimensional de laboratório. Foram analisados os resultados obtidos de uma campanha de investigação geotécnica em solo argiloso, que permitiu a comparação dos valores de coeficiente de adensamento obtidos pelo ensaio de dissipação utilizando a metodologia de Houlsby e Teh (1991), do ensaio oedométrico convencional, e os obtidos com a aplicação da metodologia proposta por Pereira (2017). Os três métodos forneceram valores de coeficiente de adensamento vertical de grandeza média da ordem de 10-3 cm²/s, mas, ao aplicar a metodologia de Pereira (2017), não se observou uma diminuição no valor do coeficiente de adensamento com a profundidade, o que foi observado quando utilizado os métodos mais usuais.