A construção de obras de infraestrutura em solos moles, solos colapsáveis, areias fofas, entre outros solos complexos, tem se tornado um desafio para a engenharia geotécnica. Nas regiões litorâneas do Brasil se destacam os problemas relacionadas com fundações de diversas obras de infraestrutura assentes em solos moles de origem sedimentar marinho. Diversas técnicas têm sido utilizadas para controlar os recalques como é o caso da substituição parcial e total do solo mole, aterros de pré-carga, drenos verticais, aterros com materiais leves e inclusões rígidas e flexíveis. O mecanismo de transferência de carga das inclusões rígidas é muito complexo. O objetivo desta pesquisa é apresentar uma visão geral sobre mecanismos de transferência de carga e mecanismos de ruptura para Plataformas de transferência de carga conformadas por solos coesivos e friccionais e analisar de forma subjetiva o resultado experimental de um modelo físico em centrífuga geotécnica. O modelo avalia o comportamento da plataforma de transferência de carga conformada por um solo residual, assente em um grupo de 14 inclusões rígidas. O recalque da argila mole foi simplificado utilizando o conceito da placa móvel, uma placa que se desloca verticalmente a uma velocidade constante simulando o recalque do solo, enquanto a carga aplicada em superfície é mantida constante. Foi possível obter a distribuição de cargas no grupo de estacas enquanto a célula de carga instalada na placa móvel registra o alívio da carga. Algumas rupturas pontuais acontecem quando se forma o mecanismo de transferência de carga e se desenvolve o arqueamento do solo. A distribuição de cargas nas estacas não é uniforme, as inclusões centrais recebem a maior parte da carga. Os recalques são iguais na superfície devido à forma de aplicação da carga e resultam principalmente da deformação de um cone de transferência de carga em formato de cone truncado que se forma acima da cabeça da inclusão.