O uso de estacas torpedo como elemento de ancoragem de estruturas offshore, alia simplicidade, baixo custo, quando comparados com outras alternativas, e logística trivial para sua instalação. No entanto, sua baixa capacidade de permanência puramente vertical impõe seu uso considerando o trabalho sob cargas inclinadas para se atingir a resistência requerida. Portanto, tornam-se importantes ações que resultem em uma melhor resposta do sistema de ancoragens e, dentre elas, o adensamento térmico é uma das alternativas, tendo a própria âncora como elemento de propagação de calor. O aquecimento de solos finos, tal como argilas marinhas, ocasiona o aparecimento de excesso de poropressão que, após dissipado resulta no adensamento térmico do solo adjacente ao torpedo, melhorando significativamente a sua capacidade de permanência. Ensaios em centrífuga geotécnica foram executados para se estudar a influência do gradiente térmico no melhoramento da resposta mecânica do solo e consequentemente do arranjo solo x torpedo. Os resultados são promissores, onde ganho de resistência não drenada, por meio de ensaios T-bar, são consideráveis.