Este trabalho apresenta os resultados obtidos em ensaios de cisalhamento direto executados em um solo residual de arenito, compactado em energia intermediária de compactação (referente ao ensaio Proctor), com graus de compactação variáveis de 95 a 100%. O solo é composto por cerca de 30% e 42% de areias grossa e fina, respectivamente. Os ensaios foram executados em corpos de prova submersos, sob tensões normais da ordem de 50, 100, 200 e 400 kPa. Os ensaios demonstraram que o aumento do grau de compactação de 98 para 99% provoca um aumento significativo nas tensões cisalhantes máximas mobilizadas. Já as tensões cisalhantes em pós-pico, conforme esperado, permanecem constantes sob todos os graus de compactação, exceto para GC=100% em que um leve aumento é observado. O comportamento é inicialmente contrativo, passando à dilatação, para todos os graus de compactação testados. Os ângulos de atrito medidos em pico variam de 36° a 43°. Em pós-pico tem-se ?’ da ordem de 35° para todos os graus de compactação, exceto 100%, em que atinge cerca de 37°. Os resultados evidenciam a importância do controle de compactação na construção de aterros, e da sensibilidade do ângulo de atrito ao GC.