Nos últimos anos questões ambientais têm ganhado cada vez mais destaque no cenário mundial. O setor rodoviário, engajado em contribuir com a redução do consumo de combustíveis e a consequente emissão de gases de efeito estufa, passou a fomentar a criação e aplicação de tecnologias para métodos já existentes de pavimentação. Uma das alternativas encontradas foi a redução das temperaturas de usinagem de misturas asfálticas, a partir da execução de misturas mornas, onde estas são realizadas cerca de 10ºC a 50ºC abaixo da temperatura convencional, sendo que a redução depende de qual técnica será usada para produzi-la. O objetivo deste trabalho é analisar o comportamento advindo do uso de misturas asfálticas mornas, obtidas a partir da técnica de incorporação de aditivos químicos do tipo surfactante ao ligante asfáltico. Para tal foram formuladas duas misturas, uma à quente e outra morna, esta com redução de 30ºC na temperatura de aquecimento dos agregados e da mistura, para cinco teores diferentes de cimento asfáltico de petróleo, de acordo com método Marshall. Os resultados experimentais de ambas misturas foram analisados e comparados, e indicaram desempenho mecânico semelhante, confirmando assim a viabilidade do uso das misturas asfálticas mornas, na substituição das misturas convencionais, à quente.