Os solos tropicais são amplamente encontrados em regiões de clima tropicais, mas a aplicação em camadas do pavimento ferroviário tem sido limitada em função da frequente divergência dos padrões definidos pelas normas brasileiras. Neste contexto, os solos tropicais podem ser vistos como uma possibilidade baseada em novos métodos que indicam a necessidade de reavaliação dos padrões atuais. Assim, propõe-se analisar mecanicamente a perspectiva de aplicação de três solos tropicais localizados próximos ao traçado da ferrovia em sublastro através de um estudo de caso da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que liga os estados da Bahia e do Tocantins, Brasil. Foram realizados os ensaios indicados pela norma – Limites de consistência, granulometria, expansão e California Bearing Ratio (CBR) – e também os ensaios triaxiais com análise do Módulo de Resiliência (MR) e de da Deformação Permanente (DP). O solo mostrou-se incompatível com as normas brasileiras em relação ao Índice de plasticidade e à composição granulométrica. Entretanto, foram observados MRs dentro da média esperada para solos tropicais e baixas deformações plásticas. Portanto, podese concluir que é possível utilizar solos tropicais estudados em camada de sublastro no que diz respeito a critérios mecânicos.