No Brasil, o modal rodoviário é o responsável pela maioria dos deslocamentos sendo a alternativa mais usada para a movimentação de pessoas e cargas. A maior parte da produção brasileira é escoada por este modal sendo o maior colaborador no desenvolvimento socioeconômico nacional e, consequentemente, provocando um grande volume de veículos trafegando diariamente nas rodovias. Este aspecto é um dos fatores que causam o desgaste excessivo e a redução da vida útil dos pavimentos. Além disso, há outros fatores que influenciam na qualidade, conforto, segurança e longevidade dos pavimentos flexíveis. O método de dimensionamento e os materiais empregados refletem diretamente no comportamento estrutural e na vida útil dos pavimentos. Cada método de dimensionamento de pavimentos procura prever e adequar a estrutura à realidade das cargas envolvidas e, deve considerar também o crescimento futuro do tráfego no período de projeto. A partir disso, comparou-se o projeto estrutural das camadas de um pavimento construído na BR- 101/SC, ora dimensionado pelo método do DNER-81, com os resultados obtidos com emprego das análises mecanicistas do ELSYM e do mais recente método MeDiNa. Ao final, comparando-se as espessuras das novas camadas obtidas por cada método conclui-se que não houve alteração das camadas granulares usadas na base e sub-base. Contudo, no dimensionamento do revestimento asfáltico feito pelo MeDiNa para atender aos requisitos seria necessária uma camada com 10,5cm mais espessa que a obtida pelo método do DNER e, nas análises das tensões feitas pelo Elsym seria necessária uma espessura adicional de 7,5cm. Ou seja, os métodos de dimensionamento empregados demostram que as considerações feitas pelo método do DNER, principalmente no que se refere a camada asfáltica, estão defasados quando se empregam técnicas de análises de tensões e deformações nas camadas do pavimento.