A ocorrência de solos expansivos é comum em diversos países, como África do Sul, Austrália, China, Estados Unidos da América, Israel, Índia e Brasil. São solos com variações significativas de volume quando submetidos a processos de umedecimento ou secagem, apresentando elevada deformabilidade, acompanhada de perda de resistência na presença de água. Este trabalho, ainda na fase preliminar, busca correlacionar o desempenho de um pavimento asfáltico flexível na BR-110, município de Olindina, estado da Bahia, reconstruído sobre subleito expansivo, numa extensão de 760 m. O comportamento mecânico do solo de subleito foi inicialmente determinado por ensaios de California Bearing Ratio (CBR), incluindo a obtenção da expansão com sobrecarga, cuja caracterização foi complementada com a determinação da pressão de expansão com aplicação de um método baseado no procedimento denominado Soil Volume Change Meter (Federal Housing Administration). Os resultados preliminares indicam que o solo apresenta valores de CBR e expansão que não atendem os limites estabelecidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para subleito, com pressão de expansão medida, da ordem de 28 kPa, que aponta para o risco de ocorrência de uma carga resultante ascendente, com potencial de ocasionar danos precoces no revestimento. Este potencial expansivo do solo de subleito, associado a posterior caracterização não saturada do comportamento mecânico, em termos de módulo de resiliência deformação permanente, permitirão compreender as causas da ocorrência precoce de trincas no segmento avaliado, apenas 4 meses após a reconstrução do pavimento.