No Distrito Federal, as condições viárias e o tráfego intenso na região central de Taguatinga levaram ao projeto de uma ligação expressa entre as vias EPTG e EPTN através de uma estrutura subterrânea, paralela à via do Metrô-DF, nas imediações da Praça do Relógio. São apresentados o projeto, as condições geotécnicas e particularidades da obra do Túnel Rei Pelé, que foi executada pelo método de escavação invertida, para a implantação de uma passagem rodoviária subterrânea. Esta passagem foi construída em condições geológico-geotécnicas específicas, com pouca disponibilidade de área para a sua implantação. O projeto consistiu na construção de duas vias paralelas com aproximadamente 1000 m, com três faixas de tráfego cada e uma via dupla, com uma parede central separando estas faixas. A escavação se deu em vala a céu aberto até pouco abaixo da laje de cobertura e, a partir daí, pelo método de túnel invertido, com escavação sob a laje superior já concretada e parcialmente reaterrada, escorada lateralmente pelas paredes-diafragma. Em alguns trechos, a parede do túnel ficou a menos de 1 m de uma das paredes diafragma do túnel do metrô. Devido a esta proximidade e à dificuldade de se fazerem leituras da instrumentação durante a operação do metrô, foi utilizado um plano de monitoramento com sensores óticos automatizados, capazes de fazer leituras triortogonais e angulares, conectados a um data logger, com monitoramento em tempo real.