Este trabalho foi idealizado para contribuir na avaliação do comportamento de estruturas de contenção em solos reforçados, principalmente no que diz respeito à possíveis deslocamentos de face, relacionados ao espaçamento vertical entre reforços projetado. As informações apresentadas são baseadas na construção e análise de um protótipo em escala real, dividido em dois módulos de diferentes quantidades de geogrelhas, mas com um mesmo somatório de resistências, construído com solo fino, argiloso e coesivo. Ambos os módulos da estrutura foram submetidos à sobrecarga máxima de 120 kPa, aplicadas em estágios de 20 kPa, com os deslocamentos de face avaliados através de instrumentação externa. A maior quatidade de reforços resultou em uma estrutura com deslocamentos máximos de face 40% menores que uma estrutura com menor quantidade de geogrelhas, mas com mesmo somatório de resistências, validando o conceito de GRSIBS, construído com solos finos argilosos, tipicamente brasileiros. Os resultados obtidos demonstraram que a adoção de menores espaçamentos verticais entre reforços pode ser considerada uma estratégia interessante na redução de deslocamentos de face em estruturas de contenção em solo reforçado com geossintéticos, e deve ser amplamente estudada, para que seja alcançados valores ideias, em função das características dos solos e dos reforços utilizados.