Os ensaios de perda d’água são investigações geotécnicas que fornecem informações sobre a condutividade hidráulica de um maciço rochoso. O método de execução consiste na injeção de água sob pressão em um trecho isolado do maciço rochoso, por meio de um furo de sondagem, em cinco estágios de pressão efetiva (mínimo, intermediário, máximo, intermediário e mínimo), e medir o volume de água absorvido. Porém, o coeficiente de permeabilidade não é o único dado obtido no ensaio de perda d’água. Houlsby (1976) propôs um estudo do comportamento do trecho ensaiado baseado na análise de gráficos de pressão efetiva versus vazão específica. O autor classificou os diferentes comportamentos observados em cinco grupos distintos: fluxo laminar, fluxo turbulento, deformação das descontinuidades, lavagem e preenchimento das descontinuidades. O presente estudo teve como objetivo aplicar a classificação proposta por Houlsby (1976) em 108 ensaios de perda d’água, realizados no contexto da província geológica do Quadrilátero Ferrífero (MG). Os resultados mostraram que os comportamentos mais comuns foram a ausência de absorção de água, fluxo turbulento e lavagem das descontinuidades.