As rochas podem alterar suas propriedades físicas e mecânicas com a exposição ao intemperismo. Consequentemente, surgem anomalias como desintegração e fissuras, tornando necessários estudos de degradação. A avaliação das propriedades de durabilidade surge, então, como uma análise necessária para determinar a vida útil do material sob degradação. Neste estudo, gnaisses foram divididos em dois lotes: o primeiro foi um corpo de prova padrão, não envelhecido, utilizado como controle; o segundo foi submetido à degradação naturalmente pelas condições climáticas locais de Campos dos Goytacazes, cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro. Após o processo de degradação por até dez anos, comparou-se o enfraquecimento da rocha devido ao desgaste natural e também ao ensaio slake durability em relação à amostra de controle. Foram obtidos um índice de perda de massa natural de até 0,073% e um índice de perda de massa no slake durability de até 0,49% após o procedimento de degradação no campo. Os resultados foram avaliados conforme equação de durabilidade de Dias Filho (2020). Os dados obtidos foram inseridos às curvas e resultaram em coeficientes de correlação maior que 0,90. O ajuste da curva de correlação indicou que é possível avaliar a durabilidade dos materiais e apresenta uma ferramenta valiosa para futuramente gerar extrapolações das equações para outros tipos de rochas. Embora o método utilizado garanta uma análise abrangente durante o estudo de dez anos, é importante reconhecer que as extrapolações podem se tornar menos reflexivas das condições reais num determinado momento.