Operada pela Nexa Resources, a mina Morro Agudo utilizou durante anos a técnica de câmaras e pilares como principal método de lavra para extração dos minérios de zinco e chumbo. Recentemente, foram acrescentados os métodos sub-level stoping e recuperação de pilares remanescentes, os quais acarretam no abandono permanente da região não suportada pós lavra. Em outubro de 2023, a unidade experienciou um tremor de relevante intensidade e tempo de duração, provando, após constatação com dados do monitoramento sísmico, ser decorrente de um colapso de teto subsequente da perda de capacidade portante de um pilar remanescente em câmara de lavra antiga. Frente ao evento, iniciou-se uma investigação para dimensionar a evolução do desplacamento durante a fase de acomodação de tensões, quando estalos e desprendimento de fragmentos menores são frequentes até que o estado de tensões entre em equilíbrio novamente. Durante esse período, dados do monitoramento sísmico e inspeções geotécnicas constantes aliadas à modelagem numérica forneceram uma retroanálise acerca da tendência do desplacamento regional antes e depois da perda do pilar, tal como sua a influência no crownpillar e escavações permanentes próximas.