A população mundial acompanha o avanço da pandemia de COVID-19 em tempo real, através de agências de informação oficiais e por diversos meios de comunicação, que muitas vezes veiculam notícias falsas, conhecidas por fake news, podendo ser sobre os mais diversos assuntos e áreas, fabricadas para serem disseminadas com a intenção de enganar. O objetivo desse estudo foi extrair do portal de fake news do Ministério da Saúde as notícias falsas relacionadas à terapêutica da COVID-19 (prevenção, tratamento e cura). Estudo transversal, descritivo, com dados obtidos do portal do Ministério da Saúde. Foram encontradas 84 notícias, das quais apenas cinco eram verdadeiras. Das 75 elegíveis, foram selecionadas as 37 que se referiam ao objetivo do estudo. As fake news foram agrupadas quanto ao tipo de medida (consumo de alimentos ou bebidas fitoterápicas, terapia alopática: medicamentos e vacinas e outros). Em seguida, verificou-se o meio predominante de divulgação das notícias.Das 37 fake news, 51,3% referiam-se ao consumo de alimentos ou bebidas e chás para a prevenção, tratamento ou cura da COVID-19. A maioria foi disseminada através do WhatsApp (56,7%). Conclui-se que a verificação de dados tem um papel crucial no contexto da pandemia atual, e que as redes sociais precisam adotar meios para coibir a veiculação de fake news.