INTRODUÇÃO: O panorama atual no campo da saúde pública trazido pela pandemia do novo coronavírus é considerado um grande desafio do século XXI. À medida que enfermeiros enfrentam a pandemia, aumenta o estresse laboral. Objetivou-se, portanto, discutir, a partir da literatura científica, a prevalência, fatores de risco e efeitos do estresse ocupacional nos enfermeiros que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus. METODOLOGIA: O estudo se constitui por uma revisão da literatura científica. Para a definição da questão de pesquisa, utilizou-se da estratégia PICo. A busca pelos dados primários ocorreu nas duas primeiras semanas de agosto de 2020. Os critérios de inclusão foram artigos completos, publicados em inglês, português e espanhol. E os critérios de exclusão foram revisões, editoriais, dados indisponíveis para leitura na íntegra e aqueles estudos que fugissem do tema. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise da literatura nos elucida altos índices de estresse ocupacional entre os profissionais da enfermagem. Além disso, ser filho único, longas jornadas de trabalho e ansiedade consistem em fatores de risco encontrados para o desenvolvimento desse estresse. Grande parte dos estudos nomeou o estresse ocupacional como fator de risco para diversos problemas de saúde, como Síndrome de Burnout, fadiga física e mental, esgotamento e desgaste psicológico. CONCLUSÃO: Conclui-se que os enfermeiros que lidam na frente do combate ao novo coronavírus possuem altas prevalências de estresse ocupacional relacionado a este contexto, e que ainda há carência de dados primários sobre o tema. Chama-se a atenção para a necessidade da inclusão desses profissionais ao desenvolver projetos de intervenção em saúde mental.