Introdução: O presente artigo trata do uso do conceito de sentido, tomando por base seu caráter social e coletivo, que ocorre a partir da relação entre o sujeito e o contexto no qual se insere, suas singu-laridades e suas vivências. Assim, os sentidos são uma produção pessoal que derivam de experiên-cias cotidianas. Parte das reflexões teóricas trabalhadas na construção da dissertação de mestrado da autora, este trabalho foca nos sentidos atribuídos à matemática por um grupo de artesãs de biojoias de uma cooperativa na cidade de Luís Eduardo Magalhães, Bahia. A matemática se caracteriza pela sua abstração e também pelo seu formalismo, mas o conhecimento matemático pode ser reforçado por meio das interações entre o indivíduo e o meio, como podemos comprovar no trabalho dessas artesãs. Objetivo: Este trabalho discute o conceito de sentido a partir dos pressupostos da Teoria His-tórico-Cultural, considerando-se as proposições de Lev Vigostki (1998). Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico da literatura da área, contando com contribuições de Góes (2006), quanto à formação de sujeitos, interação social e propostas inclusivas; de Pino (2005), sobre as discussões do conceito de cultura e; de Rolim (2012), a respeito da convergência entre a educação matemática e o direito à educação. Resultados: Por ser parte de um projeto de mestrado, a pesquisa encontra-se em construção. Os dados já analisados, porém, permitem afirmar que a matemática fora do contexto es-colar traz sentido quando está conectada às necessidades dos indivíduos, como foi o caso das artesãs alvo desta pesquisa. Considerações Finais: O estudo é relevante por trazer subsídios importantes para a discussão atual sobre o papel da educação matemática em outras culturas.